sexta-feira, setembro 28, 2007

terça-feira, setembro 25, 2007

eu sei que o sintoma tem andado bizarro mas não consigo evitá-lo

o nosso jantar de ontem. antes de irmos dar um encosto de bateria no carro da bolacha.

sexta-feira, setembro 21, 2007

blink ou como todos já sabiamos instintivamente que aqueles quadros dos meninos que choram não auguravam nada de bom

uma reportagem de 4 de Setembro de 1985 do jornal britânico The Sun confirmou finalmente ao mundo que havia qualquer coisa de errado com o menino que chora.

a notícia punha a denuncia na boca de um bombeiro de uma corporação local. segundo este, todas as casas que haviam ardido no passado ano tinham uma réplica desse quadro produzido em massa.

o jornal investigou e pôs a lenda nos anais da cultura pop. é assim que se conta:
os quadros foram pintados na década de 70 e 80 por Bragolin, um artista falhado italiano que encontrou a sua galinha dos ovos de ouro na reprodução de quadros de pobres crianças chorosas. ao que parece bragolin não tratava bem os seus modelos, tinha problemas de alcóol e acabou por morrer queimado num acidente de carro. diz-se que os espíritos revoltados de bragolin e das crianças que maltratou estão aprisionados nos quadros. daqui aos incêndios nas casas é só continuarmos crédulos.

hoje há montes de sites na net que mostram nos quadros indícios do demo. como este.
a notícia teve um impacto tremendo. os populares juntaram-se e fizeram piras enormes. milhares de quadros foram queimados.

há umas semanas ofereci um ao luis. o que está aqui na imagem. ele tem-no mantido estrategicamente na minha casa. ainda não aconteceu nada de mal. a ver vamos.

quarta-feira, setembro 19, 2007

o síndrome bolo de arroz


o bolo de arroz é aquele bolo que insiste em estender a mão e apresentar-se de cada vez que nos cruzamos com ele, acidentalmente, num sítio público. estamos nós distraidamente a prescrutar uma montra, distraidamente à procura de uma doçura que nos cure os males de alma e lá está ele, com a sua gargantilha, o bolo de arroz, a gritar o seu próprio nome.

a faixa esbranquiçada com as letras azuis, garrafais, a gritar "olá, eu sou o bolo de arroz", "olá, eu sou diferente, eu sou o único bolo com uma gargantilha", "eu não me misturo com os restantes bolos", "ó para mim que só me dou com os queques". incomoda.

nós não queremos nada com ele. mas ele insite em apresentar-se, numa técnica de "eu tou-te a ver, eu sou o bolo de arroz, agora que já sabes o meu nome vamos passar à parte em que me comes".

a psicologia de algibeira, de rua, de esquina, a psicologia barata e de revistas, aponta-nos claramente para uma patologia: um fermentado complexo de inferioridade.
No meio de uma montra, os bolos calam-se. São as suas características que falam por si: o creme fala pela bola de berlim, a base estaladiça fala pelo pastel de nata, a consistência etérea das natas fala pelo duchaise.
mas o bolo de arroz sabe que é só farinha e ovos com açucar por cima. sabe que nenhuma das suas características conquistam. por isso grita. tenta afirmar-se. começa a agir de maneira diferente. a armar-se em parvo.

as pessoas que são como o bolo de arroz deviam saber que há mercado para a simplicidade. que há quem aprecie a reserva e a naturalidade. não se apetrechem de argumentos. não gritem. não façam palhaçada. nos bolos como nas pessoas cada um vale o que vale. ámen.

neighbours

hoje vou ter um vizinho novo, duas ruas atrás da minha. tanto quanto sei vai ser um tipo pacato, não se vai intrometer, não me vai pedir um pacote de leite, sal ou salsa, e definitivamente não há-de chamar a policia se a minha casa for um arraial às 2h da manhã. o aquilino ribeiro mudou-se hoje para a minha zona, sou capaz de ir visitá-lo de vez em quando.

quarta-feira, setembro 05, 2007

emotionomics