quinta-feira, fevereiro 02, 2006

novos círculos de socialização (you're not suposed to fuck family, cause family can fuck you)

diz quem sabe, que a primeira relação que estabelecemos quando vimos parar ao mundo (a relação mãe-filho), é marcante, e que nos molda para todas as que se seguirão, até ao final das nossas vidas.
desta relação com a nossa mãe, passamos para um circulo mais alargado de socialização, ainda primária, a socialização com o resto da gente que vive na nossa casa, a nossa família. esta socialização primária, diz quem sabe, é também marcante e ensina-nos a agir em grupo. depois segue-se a escola e afins.
esta é uma premissa, mas este não é o meu ponto.
sabemos estar a dois, sabemos estar em família, num grupo de amigos, na escola e no trabalho. e somos pessoas diferentes em cada um destas esferas.
mas e quando as esferas se juntam?
desde que comecei a trabalhar, que isso me ocupa a maior parte do tempo. passo dias na rua das musas, no mesmo ado de engorda, à esquerda do barracão.
posso dizer que me agarrei às pessoas com quem trabalho, como nos agarramos à familia. diz que este é o meu primeiro emprego e que por isso é a minha socialização primária laboral. fazemos tudo o que uma familia faz: almoçamos e jantamos juntos, dividimos tarefas, discutimos, e alguns de nós até dormem na mesma casa (de vez em quando :P).
ontem aprendi que isto de misturar trabalho e cognac pode ser uma coisa má.
não podemos ser absolutamente pessoais com pessoas nos avaliam, e que decidem do nosso desempenho. e o oposto.
no trabalho, os colegas são familia. mas nada de consanguinidades. porque quem pode acabar por se foder. somos nós.

4 comentários:

Paula disse...

O mundo divide-se em três grandes grupos. Há rocha que fica intacta, que não se move, lá se vai desfazendo de vez em quando sem grande desgaste e ao fim de décadas continua a ser a rocha, mesmo que esteja mais pequena. Há mexilhão que coitado sai sempre fodido e há o mar, que vai e vem e sempre vem marca presença e sempre vai deixa os seus estragos.
Pedir para ser o mar é pedir muito. Por isso só sobram dois. Ou és a rocha inactiva que ali está à espera do mar e a ter que levar com o mexilhão. Ou és o mexilhão. Fodes-te, mas ao menos divertes-te.

olivia disse...

convenhamos que ser fodido nem sempre é uma coisa má... no teu caso, cat, se te estás a sentir mal com a questão da foda, eh pá... consuta a ruth remédios... diz que é sexóloga e deve poder ajudar!!
pala, parece-me que nem sempre é impossível seres o mar... deves-te, pelo menos, uma tentitativa de ficar por cima!

pat disse...

oh my god. isto não é, de todo, uma casa de respeito. vou instalar qualquer coisa que iniba a escrita de palavrões.não vou falar com a ruth, vou falar com o filho diácono.

Paula disse...

sempre te soube uma pessoa sensível, mas tanto pati não sabia.