quarta-feira, janeiro 25, 2006

if you were in my shoes- ou porque é que cada homem é uma ilha

if you were in my shoes

acho que a expressão não podia ser melhor.
os sapatos são uma extensão visível e palpável da nossa personalidade. what else? por isso, é inevitável que uma pessoa pense diferente/ seja diferente, se tem na base do seu ser uma sabrina de lacinho, uns ortopédicos ou umas botas verdes de biqueira afiada. facto. donde, entrar nos sapatos de uma pessoa, é mesmo entrar no seu mundinho pessoal. mas é possível, isso de caminhar nos sapatos de outra pessoa? Bufff. estar nos sapatos de outra pessoa (ou no papel de outra pessoa, ou no lugar de outra pessoa) levanta uma série de questões.
filosofias à parte, temos primeiro a questão do tamanho. raramente o sapato/lugar/papel de outra pessoa nos assenta que nem uma luva (não é uma luva, é um sapato).
pode estar grande. e se os sapatos são grandes deslizamos para um dos pólos (ponta ou calcanhar), tentando tomar mais por nossa, a coisa. mas estar apenas no calcanhar ou na ponta é só termos metade do sapato/lugar/papel. o calcanhar é o sitio das fraquezas; a ponta é optimista, a ponta avança, desbrava, afasta, chuta. é o lado maníaco do pé.
to be continued

4 comentários:

Paula disse...

Há uns dias que ando nuns sapatos que não são meus. Tenho alegria em calçá-los, são bonitos e tudo e até que me servem. O problema, e claro está que nos teus sapatos os problemas são bem menores, é que estes sapatos não falam a minha língua.
Eu não percebo os sapatos e os sapatos não entendem os meus pés mas lá vamos caminhando, desbravando terreno, com poucas dores nos pés e pouca sola gasta.

Talvez com o costume, os sapatos se afeiçoem a mim, eu a eles ou não. O importante é que noutros sapatos podes ser diferente ou podes tu mesma, numa fase mais descontraída, menos complexada, menos medrosa, menos merdosa.

pat disse...

ai...não percebi...

Paula disse...

explico-te no messenger.

olivia disse...

acho que o provérbio cada macaco no seu galho poderia ser, como a cataria brilhantemente expôs nesta pequena dissertação sobre raça humana e o seu calçado, cada qual com o seu sapato!