quarta-feira, janeiro 25, 2006

já vos contei daquela vez que fui ao japonês e comi um sushi com ovo a cavalo atado com algas e que depois fui sair e bebi uns copos


e vomitei e pensava que era da bebida, mas não era? era do sushi.
hoje vou ao assuka.
espero que não volte a acontecer.

em português, agir, implica um acrescento de dor

os níveis de produtividade em portugal são baixíssimos. quem procura na nossa história a origem do problema tem que recuar muito muito no tempo. um povo não se avalia só por números. verdade. um povo tem outras riquezas. já houve quem dissesse "a minha pátria é a lingua portuguesa".
mas, e a lingua portuguesa? não pode ser um indicador tão cientifico como o pib?
vejamos:
em portugal, trabalhar doi.
os portugueses gostam da ideia de que existam ocupações. mas quando se trata de serem eles mesmos a desempenhá-las, o caso muda de figura.
na cabeça (e na língua) dos portugueses existe o trabalhar, existe o paginar, o formatar, o apanhar, o cortar, fornecer, o correr.
mas fazê-lo doi.
Em português, agir implica um acrescento de dor.
custa ser o trabalhaDOR, o paginaDOR, o formataDOR, o apanhaDOR, o cortaDOR, o forneceDOR, o correDOR.
se custa tanto, porquê fazê-lo?
e não vamos entrar pela velha estória do "o que veio primeiro?" é a lingua que influencia o pensamento, ou o oposto, o pensamento constroi e molda a lingua?



if you were in my shoes- ou porque é que cada homem é uma ilha

if you were in my shoes

acho que a expressão não podia ser melhor.
os sapatos são uma extensão visível e palpável da nossa personalidade. what else? por isso, é inevitável que uma pessoa pense diferente/ seja diferente, se tem na base do seu ser uma sabrina de lacinho, uns ortopédicos ou umas botas verdes de biqueira afiada. facto. donde, entrar nos sapatos de uma pessoa, é mesmo entrar no seu mundinho pessoal. mas é possível, isso de caminhar nos sapatos de outra pessoa? Bufff. estar nos sapatos de outra pessoa (ou no papel de outra pessoa, ou no lugar de outra pessoa) levanta uma série de questões.
filosofias à parte, temos primeiro a questão do tamanho. raramente o sapato/lugar/papel de outra pessoa nos assenta que nem uma luva (não é uma luva, é um sapato).
pode estar grande. e se os sapatos são grandes deslizamos para um dos pólos (ponta ou calcanhar), tentando tomar mais por nossa, a coisa. mas estar apenas no calcanhar ou na ponta é só termos metade do sapato/lugar/papel. o calcanhar é o sitio das fraquezas; a ponta é optimista, a ponta avança, desbrava, afasta, chuta. é o lado maníaco do pé.
to be continued

quinta-feira, janeiro 12, 2006

estive a fazer contas (como se nasce das cinzas)


portanto: 1 (namorado) - 1 (amiga) - 1 (irmão) = - 3.
posso dizer que perdi os 3.
2006 foi o ano que me fez mulher.

FRESH NEW START (when there is nothing left to burn, you have to set yourself on fire)

sem namorado. com a melhor amiga nos fiordes escandinavos. com o único irmao a resvalar para a hip n' hyp milano. sem qualquer perspectiva que algum deles volte tão cedo e com um joanete no pé direito.
é assim que se começa um ano par? def. subs masc:1. conjunto de duas pessoas ou de dois objectos; parelha; 2.conjunto de duas pessoas, geralmente homem e mulher, na dança; 3.macho e fêmea de um casal de aves. Não, não é um ano par para mim.
mas não podia começar mais fresca.